O verão acabou, o outono chegou e o inverno está a caminho. Mas isso não é novidade para ninguém. A novidade é que, segundo a dermatologista Lívia de Andrade Bessa, os fios de cabelo tendem a cair mais durante essa estação.
Problema
É comum perder em torno de 100 fios por dia, mas nessa época do ano, a queda pode aumentar em até seis vezes! Isso acontece porque, com as oscilações climáticas que acontecem durante o outono, o couro cabelo aumenta a produção da oleosidade.
A irregularidade pode durar de um a três meses e é conhecida como eflúvio telógeno. Esse tipo de queda é muito percebido pelas mulheres que têm as madeixas longas, causando receio e fazendo com que muitas diminuam a frequência com que lavam os fios, por medo de que a perda aumente.
Segundo a dermatologista, esta saída somente piora a situação. “Não lavar os cabelos por um período mais longo aumenta a oleosidade e pode causar doenças, como a dermatite seborreica, que acentua ainda mais a queda. Os fios se acumulam e vão se soltar na próxima lavagem, deixando a pessoa ainda mais preocupada com a quantidade perdida”, explica.
Existe também um quadro chamado de alopecia andrógena. Quem sofre desse problema não nota tanto a queda de fios, mas sim cabelos mais ralos, pois ficam muito finos e o couro cabeludo se torna mais visível.
Nesse caso, a dermatologista aconselha a procurar um especialista para verificar a saúde dos cabelos. “Muitas pessoas acabam optando por receitas caseiras antes de procurar um especialista, o que pode piorar o quadro de queda”, completa.
Diagnóstico
A doutora indica a consulta com um dermatologista para avaliar a história clínica e realizar exames como tricodermatoscopia, avaliação hormonal, hemograma completo, dosagem de vitaminas e minerais e, em alguns casos, biópsia da pele do couro cabeludo.
Tratamento
Após o diagnóstico, são receitados remédios orais e xampus especiais, de acordo com o problema da pessoa, além da mesoterapia capilar.
A dermatologista alerta para não tentar fazer “receitas milagrosas”, como colocar pílulas anticoncepcionais, remédios destinados ao uso veterinário e ampolas de tratamento no xampu. “A mistura de remédios e cosméticos pode ser perigosa e é impossível prever quais serão os efeitos de seu uso, já que não há estudos ou embasamento científico dessas fórmulas”, finaliza.
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